Vereador sugere a inclusão do ensino de libras nas escolas municipais
O vereador Mário Couto (PDT) pretende que a Língua Brasileira de Sinais - Libras - seja disciplina obrigatória na rede municipal de ensino de Esteio. A matéria, em forma de anteprojeto, foi aprovada pelos vereadores na noite de ontem (7), na sessão da Câmara de Vereadores. A medida, de acordo com o parlamentar, será coordenada pela Secretaria de Educação, que fará parceria com a comunidade escolar.
O vereador reforça a importância do uso da língua de sinais: "Atualmente, é comum nos depararmos com pessoas que desconhecem o idioma de LIBRAS, o que inviabiliza e/ou dificulta, significativamente, a comunicação interpessoal. Neste contexto, o presente anteprojeto de lei visa proporcionar o ensino de LIBRAS junto as escolas da rede pública municipal de ensino, favorecendo, com isto, a comunicação interpessoal, a inclusão da pessoa com deficiência e a universalização do idioma LIBRAS que, muitas pessoas, consideram ser uma extensão gestual da língua portuguesa, contudo, trata-se de um idioma a parte", afirmou.
Conforme Mário Couto, que aguarda o retorno da proposta em forma de projeto de lei do Executivo, as pessoas com deficiência têm um canal diferente de ver o mundo. "E isto somente contribui para a valorização da diversidade humana”, relatou.
A Língua Brasileira de Sinais LIBRAS teve origem no Instituto dos Surdos - Mudos, conhecido, atualmente, como INES - Instituto Nacional da Educação de Surdos, através do da fusão entre os métodos brasileiros até então existentes e o estruturado método francês de linguagem de sinais. Contudo, somente no ano de 2002, através da Lei n° 10.436, que a LIBRAS passou a ser considerada, oficialmente, como o segundo idioma do Brasil, sendo reconhecida como linguagem nativa para os surdos do país.
Por Terezinha Bobsin - reg prof MTb/RS 7156