Sisme apresenta reivindicação salarial da categoria à Câmara de Vereadores
Executivo oferece 1,48% e a contraproposta do funcionalismo é de 9%. Presidente do sindicato informa estado de greve, enquanto negocia com o governo municipal
O Sindicato dos Servidores Municipais de Esteio (Sisme) apresentou na tarde de hoje(24), à Comissão de Finanças e Orçamento da Câmara Municipal, integrada pelos vereadores Felipe Costella (MDB), Fernanda Fernandes (PP) e Leo Dahmer (PT), a contraproposta da categoria em reposta ao índice de correção salarial oferecido pela Prefeitura no inicio deste mês, de 1,48%. No documento, retirado na última sexta-feira, 20, durante a assembleia da classe, que se declarou em estado de greve enquanto negocia a reposição salarial com o governo municipal com prazo até 4 de maio, o sindicato argumenta o índice de 9%, parcelado em três vezes, conforme determina a Lei Municipal 6.565/17, que concedeu aumento ao servidores municipais no ano passado.
De acordo com a presidente do Sisme, Graziela Oliveira, os funcionários públicos não aceitaram o índice e esperam que a prefeitura reconheça a aplicação de ganho real de 9%, argumentando que o reajuste não afetaria o limite prudencial da Lei que Responsabilidade Fiscal, apontado em 50,93% de gastos com pessoal. "Não estamos sendo irresponsáveis na solicitação do reajuste. É o inicio do debate da mesa de negociação, considerando o que está previsto na Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2018, que tem previsão de reajuste de 4,5% e também na inflação, com média de 3%", disse.
Segundo a presidente, a categoria ainda pretende que os benefícios, a exemplo do vale alimentação e cesta básica sejam destinados para todas as categorias, independente da qualificação (com ou sem nível superior), com ajustes reais. Uma das reclamações é de que o valor do vale alimentação está muito abaixo do custo, que reajustado, passaria de R$ 8,05 para R$ 8,17. "Não encontro lugar que se possa fazer uma refeição com este valor", alegou. A proposta é de que o valor seja reajustado para R$ 12,50 até R$ 18,10. Também a cesta básica, com proposta de R$ 174,32 não agradou a categoria. "Para a cesta básica estamos propondo R$ 187,24, com valores discriminados em separado no cartão eletrônico", frisou, destacando as outras reivindicações dos servidores, como a manutenção do transporte em pecúnia (dinheiro) para os servidores estatutários. "Estamos aguardando a efetivação das pautas contempladas e já apresentadas com soluções que atendam às necessidades dos servidores municipais", afirmou.
A categoria deve aguardar a chamada do Executivo para negociação do reajuste e das pautas apresentadas para os próximos dias, com a participação dos vereadores integrantes da Comissão de Finanças e Orçamento. O projeto com o reajuste dos servidores deve chegar em breve ao Legislativo. Participaram da reunião o presidente da Câmara, Sandro Severo (PSB), os vereadores Euclides Castro (PP), Mário Couto (PDT) e Rute Pereira(MDB).
Por Terezinha Bobsin - reg prof MTb/RS 7156