Secretaria de Saúde do Estado não tem previsão para quitar dívida com o Hospital São Camilo

A verba refere-se a pactuação de fevereiro a maio de 2016  e já chega a R$ 10,8 milhões. De 2014, o estado ainda tem uma dívida de mais de R$ 1milhão para com a fundação

O Secretário Adjunto da Saúde do Estado, Francisco Paz, disse ontem(6), na sede administrativa da secretaria, à comitiva integrada pelos vereadores Jaime da Rosa(PSB), Michele Pereira(PT), além do prefeito Gilmar Rinaldi e  direção do Hospital São Camilo, que não tem previsão para pagamento da dívida de R$ 10,8 milhões, resultado da pactuação do estado com o hospital, que atende 100% Sus. A comitiva, que por iniciativa da Comissão de Saúde da Câmara foi cobrar o pagamento do estado referente aos meses de fevereiro, março, abril e maio deste ano, entregou um dossiê ao secretário, onde constam as dívidas com fornecedores, que já chegam a R$ 5 milhões e R$ 2 milhões, com empresas terceirizadas.

A secretária municipal de Saúde, Ana Paula Macedo, presente ao encontro, afirmou que o município vem fazendo todos os esforços para que  os serviços essenciais sejam mantidos.  "A prefeitura vem mantendo o hospital com a cobertura dos valores faltantes, mas isso não é suficiente. O São Camilo é 100% Sus, atende todos que chegam. Sem recursos, o hospital corre o risco de reduzir serviços", garantiu.

Paz assegurou que até o final do mês será repassado R$ 2,4 milhões, referente a parcela de junho. Entretanto,  o recurso já está garantido através do mandado de segurança, que obriga o estado a fazer a transferência da verba. "O São Camilo está entre os 24 hospitais que privilegiados, que vem recebendo incentivo", salientou. Mas informou que há um estudo de reequilíbrio do sistema em todo o estado. "Nosso compromisso é salvar o sistema de saúde", reforçou, salientando a dificuldade econômica do país e a queda na arrecadação do estado. O secretário adjunto ainda argumentou que não tem previsão para saldar a dívida de mais de R$ 1 milhão relativa a 2014. "A secretaria de Saúde não tem recursos", reforçou.

O diretor administrativo da fundação, Norberto Bierhals, que também participou da reunião, disse que a parcela de dezembro de 2015 foi paga em maio deste ano. Participou também da reunião o diretor adjunto do hospital, Clóvis Schmitz.

Por Terezinha Bobsin Reg prof MTb/RS 7156