Prédio do Seminário Claretiano é entregue à comunidade
Cerimônia de inauguração ocorreu ontem(5). Local vai abrigar a Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana, uma minibiblioteca e capela
Conforme a secretária de Desenvolvimento Urbano, Joceane Gasparetto, o investimento na recuperação foi de R$ 475 mil. Ela anunciou que, em breve, será aberta uma nova licitação para a área externa, com obras de terraplanagem, cercamento do local, recuperação do solo. O custo inicial é de R$ 273 mil. Já a terceira etapa da obra será destinada à construção de uma quadra de esportes, implantação de museu, entre outras obras de recuperação. A secretária destacou que serão mantidas em seus locais originais a santa e a pedra fundamental.
O historiador e jornalista, Miguel Luz, descreveu os fatos desde a chegada da congregação a Esteio, até o incêndio, em 2005, que destruiu a maioria dos prédios do complexo. " Hoje está sendo dado um passo muito grande para que ocorra a recuperação”, afirmou.
Na oportunidade, Dahmer parabenizou a iniciativa e lembrou os movimentos realizados pela Câmara de Vereadores, através de audiências públicas, para que a área fosse entregue revitalizada à comunidade. "Em 2000, através do ex-vereador Carlos Luiz Mezanotti, o Legislativo tombou o seminário como patrimônio histórico e cultural, impedindo, assim, que a área fosse destruída", disse. O presidente também recordou que em 2007 houve uma ação para que fosse revogada a lei de tombamento - 3062/00.
História: Em 29 de dezembro de 1940, foi lançada a pedra fundamental, dando início a construção do Seminário Claretiano, que viria abrigar jovens de todo o Rio Grande do sul, na formação superior de sacerdotes claretianos. Na época, estava à frente, o padre Felipe Atucha, também fundador da Paróquia Imaculado Coração de Maria. A inauguração do prédio, que possuía uma área de 11 mil metros quadrados, sendo 6.454 metros quadrados de área construída, foi em 19 de março de 1943. Em 1º de dezembro de 1990 o seminario encerrou suas atividades. Temendo a total destruição, a Câmara de Vereadores tombou o prédio como patrimônio histórico em 21 de agosto de 2000, através da lei municipal 3062/00. Em junho de 2004, o único padre que ainda residia no local, André Carbonera, vinha sendo "sitiado" por jovens que usavam os prédios para o uso de drogas e prostituição. Na madrugada de 13 de agosto de 2005, foi incendiado. A partir de 2007, os esforços da comunidade, aliados às denúncias da imprensa local, à atuação da justiça e à promoção de audiências públicas, proporcionaram novas possibilidades de resgate ao patrimônio do Seminário Claretiano. Em 2009, um novo incêndio colocou em risco o segundo prédio. As chamas foram controladas a tempo pelo Corpo de Bombeiros. Em 2011 houve o desmoronamento do prédio frontal, onde estava a imagem do Imaculado Coração de Maria. (Parte da história foi retirada do livro Ao Longo do Trilhos, do historiador Miguel Luz).
Por Terezinha Bobsin reg prof MTb/RS 7156