Obras da Vila Esperança seguem sendo pauta na Câmara
16/04/2019 - O alargamento de diversos ruas na Vila Esperança, em Esteio, para possibilitar a entrada de veículos de grande porte, foi mais uma vez pauta de reunião na Comissão de Transporte, Urbanização e Habitação na tarde de hoje(16), na Câmara Municipal. O encontro, a pedido dos vereadores da Comissão, Luiz Duarte(PT), Ari Zanoni (PSB) e Sandro Severo(PSB), com a presença de alguns moradores, preocupados com a possibilidade de perda de parte de casas e muros em suas residências, em função do recuo de terrenos, entre 1,5 e 2,5 metros, teve a participação do secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Kohlrausch e a equipe técnica da pasta.
A obra de alargamento integra o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), e tem previsão de intervenções em 26 ruas, travessas e becos da vila Esperança, com larguras variáveis. Elas também integram o Programa de Urbanização de Assentamentos Precários, onde estão previstas intervenções como instalação de rede de drenagem pluvial e cloacal, pavimentação de ruas, construção de passeios públicos, acessibilidade e sinalização viária.
Na oportunidade, com a reunião conduzida pelo presidente da Comissão, Luiz Duarte, Kohlrausch apresentou o cronograma, o orçamento e as plantas da obra. O secretário voltou a salientar que a equipe técnica está fazendo visitas nas residências atingidas para dirimir todas as dúvidas dos moradores. Entretanto, o secretário reafirmou que existe a possibilidade de perda do recurso, no valor de R$ 3,7 milhões, caso venham a ser feitas alterações no projeto original. "A Caixa destaca que não há garantia de que os recursos continuarão disponíveis por tempo indeterminado. Como secretário, reforço que é um risco perder a verba ou ainda, que o município venha arcar com os custos inerentes em caso de alteração do projeto.", alertou. Além disso, o Kohlrausch garantiu que cada caso que apresenta risco está sendo avaliado separadamente. Também falou que a Corsan está sendo cobrada pela equipe técnica para acelerar as intervenções para conclusão da obra. Sobre o assunto, o diretor da pasta, Delri Scienza, disse que tem feito diversas cobranças à estatal. "Queremos deixar o bairro acessível e pretendemos, ainda, que a rua Rotary seja o cartão postal da vila, com obras de esgoto pluvial, cloacal, calçadas e pavimentação em bloco", alegou.
Durante o encontro, alguns moradores falaram da preocupação em relação a perda de parte das casas. Um dos casos é do morador Fabiano Vicente. Ele alegou que vai perder boa parte de sua casa. "Não tenho condições de construir. Sou trabalhador e não tenho dinheiro para isso, já que onde moro é herança", disse.
Segundo a arquiteta Gabriela Scrintz, os muros das casas não estão no programa de ressarcimento, mas as residências estão sendo avaliadas pela equipe. "Estamos fazendo as visitas nos becos, 7, 8, 11 e 12. A Equipe com Assistência Social estará avaliando a necessidade de cada morador. Os moradores também podem procurar a secretaria de segunda a sexta-feira, das 12h30 às 18 horas, Salientamos ainda que não haverá demolição de casas. A obra não vai andar enquanto tiverem situações em desajuste", disse.
Marcelo Kohrlausch ainda destacou que as obras serão feitas em conjunto com os moradores. "Estamos fazendo todo esforço para que ninguém seja prejudicado. Entretanto, infelizmente algumas pessoas vão ter que ceder em função do coletivo. Aguardaremos as pessoas interessadas na secretaria para maiores esclarecimentos", pediu.
Participaram da reunião o presidente da Câmara, Euclides Castro (PP), e a vereadora Fernanda Fernandes (PP).
Por Terezinha Bobsin - Reg prof MTb/RS 7156