Obra da Beira-Arroio é tema de reunião na Câmara de Esteio
Moradores do São José temem que o bairro se transforme em bacia de contenção com fechamento do braço morto do Arroio Esteio. Segundo IPH, a obra precisa de reservatório de água para que o sistema criado funcione.
Os moradores do bairro são José, que também participaram da reunião, ressaltaram a necessidade de se manter aberto o braço morto do Arroio Esteio, previsto fechamento no projeto original. Antônio Figueiredo, teme que, com as obras do dique construído no contorno da Vila Navegantes, vai garantir a segurança deste bairro, mas com o grande volume de água e fortes correntezas, a vila São José se transformará numa grande bacia de contenção. "A prefeitura disse que vai aguardar para ver como vai funcionar o dique. A mancha d'água está cada vez maior. O arroio Sapucaia toma conta do Esteio. Com isso, podemos perder muitas vidas naquele bairro", alegou. Sobre o assunto, a engenheira relatou que estava previsto o fechamento do braço morto, mas que é preciso observar como o local se comportará frente a absorção da água. A intenção é buscar alternativas junto ao IPH para que o braço morto não seja totalmente fechado, mantendo a retenção, através de um vertedouro, que deve controlar a vazão da água.
Além disso, os moradores questionaram a funcionalidade da ponte sobre o arroio Sapucaia, localizada na divisa de Canoas, que no projeto original seria estaiada, mas acabou sendo alterado. "O recurso que possuíamos era impossível executar a obra da ponte. Então optamos por uma obra com custo aproximado ao recurso existente, mas com a mesma funcionalidade. Já o engenheiro da Bolognesi Infraestrutura, Júlio Oliveira, garantiu que, mesmo com a mudança, as características de funcionalidade foram mantidas. Indagado por Kohlrausch sobre a possibilidade de aprofundamento e alargamento dos arroios, conforme apontado pelo estudo do IPH, o biólogo William Papi, representante da Secretaria de Meio Ambiente, respondeu que não há previsão destas ações nos arroios.
De acordo com a secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Joceane Gasparetto, estão sendo realizadas obras de proteção para um conjunto de bairros. "Estamos buscando soluções técnicas no debate do Plano de Drenagem. Nossa prioridade é a limpeza das margens dos arroios", frisou. A secretária também falou sobre a busca de recursos para a construção das bacias e do aguardo da do Programa de Aceleração do Crescimento (Pac 3) para a reassentamento das famílias que residem às margens dos arroios. Joceane ainda relatou que, em função da drenagem da empresa Raizen, o sistema de esgotamento do dique/beira-arroio deverá ser refeito.
Leonardo Pascoal: Obra será entregue no verão, quando não há enchentes. Irresponsabilidade da administração em concluir a obra que vai atingir negativamente o bairro São José. De 18 meses previstos, já está em 70 meses de execução. "O arroio está estreitado, não tem vazão e sem bacias de contenção. Foram sete enchentes de 2013 para cá, e a de julho, com volume muito acima da média.
Ari Zanoni: Projeto da ponte estaiada foi alterado. "é muito preocupante a situação dos moradores. Nunca tivemos tantas enchentes seguidas. Ocorreu uma em 1984 e depois somente em 2005. De lá para cá várias enchentes vêm acontecendo e em proporções maiores. "Sempre anunciam que com a obra, acabariam as enchentes."
Leo Dahmer: É a maior obra de Esteio. Elevar as margens é uma alternativa, através do dique, atrás da escola Alberto Pasqualini.
Bia Lopes: Necessidade de conquistas as bacias de contenção.
Jaime da Rosa: Funcionalidade do braço seco. Estamos preocupados com o bairro São José. Questionou o grande loteamento - distrito industrial na várzea do Rio dos Sinos, atrás do Parque Assis Brasil.
A construção de bacias de contenção para resolver a questão das enchentes, o fechamento do braço morto do Arroio Esteio, além da finalização das obras da avenida Beira-Arroio e seu projeto original, foram alguns dos temas de reunião realizada na tarde de ontem(9), na Câmara de Vereadores, chamada pela Comissão de Urbanização, Transporte e Habitação, que contou com a presença de representantes do Executivo, moradores, da empresa responsável pelo empreendimento, a Bolognesi Infraestrutura, e o Instituto de Pesquisas Hidráulicas da UFRGS(IPH) .
No encontro, conduzido pelo presidente da Comissão, Marcelo Kohlrausch(PDT) e que teve a participação dos Harri Zanoni (PSB), Leonardo Pascoal (PP), Jaime da Rosa (PSB), Harri Zanoni (PSB), Beatriz Lopes(PT), Leonardo Dahmer (PT), Rafael Figliero e Jane Battistello(SD), o professor Joel Goldenfum, do IPH, disse que a obra vem seguindo as orientações do instituto, estudo realizado em 2006, que serviu de base para os projetos da Beira-Arroio. Uma das alternativas, segundo o professor, apontava para a criação de reservatórios para que os excessos d'água fossem retidos. "Foram três alternativas apontadas pelo IPH e foi adotada pelo município aquela que mais se adequou aos recursos e necessidades e se optou pela não construção as bacias de contenção", relatou o professor, que coordenou as pesquisas do IPH na época.
No encontro, conduzido pelo presidente da Comissão, Marcelo Kohlrausch(PDT) e que teve a participação dos Harri Zanoni (PSB), Leonardo Pascoal (PP), Jaime da Rosa (PSB), Harri Zanoni (PSB), Beatriz Lopes(PT), Leonardo Dahmer (PT), Rafael Figliero e Jane Battistello(SD), o professor Joel Goldenfum, do IPH, disse que a obra vem seguindo as orientações do instituto, estudo realizado em 2006, que serviu de base para os projetos da Beira-Arroio. Uma das alternativas, segundo o professor, apontava para a criação de reservatórios para que os excessos d'água fossem retidos. "Foram três alternativas apontadas pelo IPH e foi adotada pelo município aquela que mais se adequou aos recursos e necessidades e se optou pela não construção as bacias de contenção", relatou o professor, que coordenou as pesquisas do IPH na época.
Questionado pelo vereador Kohlrausch, se as obras da Beira-Arroio poderiam refletir negativamente em alguns bairros, a exemplo da Vila São José, Goldenfum ressaltou que é preciso avaliar a situação no local, mas que ainda depende das tratativas de convênio com o município para prestação do serviço técnico junto à prefeitura. Para ele, "até um determinado nível protege, depois não mais", alertou.
Durante a reunião, a engenheira da prefeitura, Carla Regina Cardias, informou que a obra estaria 70% executada e o custo, até o momento, é de R$ 12,5 milhões. Além disso, a engenheira afirmou que o trabalho está sendo feito em diversas frentes para a conclusão. De acordo com ela, será realizado o revestimento em camadas de concreto do arroio Sapucaia para aumentar a velocidade das águas, com conclusão prevista para outubro. A engenheira relatou, também que não houve rompimento do dique em julho, durante a enchente. "A obra ainda não estava acabada", garantiu.
Durante a reunião, a engenheira da prefeitura, Carla Regina Cardias, informou que a obra estaria 70% executada e o custo, até o momento, é de R$ 12,5 milhões. Além disso, a engenheira afirmou que o trabalho está sendo feito em diversas frentes para a conclusão. De acordo com ela, será realizado o revestimento em camadas de concreto do arroio Sapucaia para aumentar a velocidade das águas, com conclusão prevista para outubro. A engenheira relatou, também que não houve rompimento do dique em julho, durante a enchente. "A obra ainda não estava acabada", garantiu.
Vila São José/ bacia de contenção
Os moradores do bairro são José, que também participaram da reunião, ressaltaram a necessidade de se manter aberto o braço morto do Arroio Esteio, previsto fechamento no projeto original. Antônio Figueiredo, teme que, com as obras do dique construído no contorno da Vila Navegantes, vai garantir a segurança deste bairro, mas com o grande volume de água e fortes correntezas, a vila São José se transformará numa grande bacia de contenção. "A prefeitura disse que vai aguardar para ver como vai funcionar o dique. A mancha d'água está cada vez maior. O arroio Sapucaia toma conta do Esteio. Com isso, podemos perder muitas vidas naquele bairro", alegou. Sobre o assunto, a engenheira relatou que estava previsto o fechamento do braço morto, mas que é preciso observar como o local se comportará frente a absorção da água. A intenção é buscar alternativas junto ao IPH para que o braço morto não seja totalmente fechado, mantendo a retenção, através de um vertedouro, que deve controlar a vazão da água.
Além disso, os moradores questionaram a funcionalidade da ponte sobre o arroio Sapucaia, localizada na divisa de Canoas, que no projeto original seria estaiada, mas acabou sendo alterado. "O recurso que possuíamos era impossível executar a obra da ponte. Então optamos por uma obra com custo aproximado ao recurso existente, mas com a mesma funcionalidade. Já o engenheiro da Bolognesi Infraestrutura, Júlio Oliveira, garantiu que, mesmo com a mudança, as características de funcionalidade foram mantidas. Indagado por Kohlrausch sobre a possibilidade de aprofundamento e alargamento dos arroios, conforme apontado pelo estudo do IPH, o biólogo William Papi, representante da Secretaria de Meio Ambiente, respondeu que não há previsão destas ações nos arroios.
De acordo com a secretária de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Joceane Gasparetto, estão sendo realizadas obras de proteção para um conjunto de bairros. "Estamos buscando soluções técnicas no debate do Plano de Drenagem. Nossa prioridade é a limpeza das margens dos arroios", frisou. A secretária também falou sobre a busca de recursos para a construção das bacias e do aguardo da do Programa de Aceleração do Crescimento (Pac 3) para a reassentamento das famílias que residem às margens dos arroios. Joceane ainda relatou que, em função da drenagem da empresa Raizen, o sistema de esgotamento do dique/beira-arroio deverá ser refeito.
Respondendo ao vereador Marcelo, a secretária salientou que o projeto para o braço morto ainda não está na Caixa Federal, pois aguarda a assinatura de convênio com IPH, que vai fazer um novo levantamento do local para ajustar aos novos parâmetros. Gasparetto também afirmou que não há previsão de loteamento na área atrás do Parque Assis Brasil, junto ao distrito industrial.
O que disseram os vereadores:
O que disseram os vereadores:
Leonardo Pascoal: Obra será entregue no verão, quando não há enchentes. Irresponsabilidade da administração em concluir a obra que vai atingir negativamente o bairro São José. De 18 meses previstos, já está em 70 meses de execução. "O arroio está estreitado, não tem vazão e sem bacias de contenção. Foram sete enchentes de 2013 para cá, e a de julho, com volume muito acima da média.
Ari Zanoni: Projeto da ponte estaiada foi alterado. "é muito preocupante a situação dos moradores. Nunca tivemos tantas enchentes seguidas. Ocorreu uma em 1984 e depois somente em 2005. De lá para cá várias enchentes vêm acontecendo e em proporções maiores. "Sempre anunciam que com a obra, acabariam as enchentes."
Leo Dahmer: É a maior obra de Esteio. Elevar as margens é uma alternativa, através do dique, atrás da escola Alberto Pasqualini.
Bia Lopes: Necessidade de conquistas as bacias de contenção.
Jaime da Rosa: Funcionalidade do braço seco. Estamos preocupados com o bairro São José. Questionou o grande loteamento - distrito industrial na várzea do Rio dos Sinos, atrás do Parque Assis Brasil.
Sobre a obra:
Oficialmente chamada de avenida Brasil, a nova via está localizada às margens do Arroio Sapucaia, no limite de Esteio com Canoas e tinha previsão de conclusão em setembro de 2013 e junho deste ano. Iniciada em 2011 a obra tem investimento de R$ 19,5 milhões, sendo, deste valor, R$ 18,5 do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e R$ 1 milhão da prefeitura. Em abril deste ano, para garantir a continuidade da obra, a Câmara de Vereadores aprovou a suplementação de verba num total de R$ 7,7 milhões. Destes, R$ 6,5 milhões referem-se ao saldo contratual junto a Caixa Econômica Federal e R$ 1,2 milhões em recurso livre.
Por Terezinha Bobsin - Reg prof MTb/RS 7156
registrado em:
2015,
Avenida Beira Arroio