Futuro de famílias do Jardim das Figueiras é tema de reunião na Câmara
Elas precisam aguardar a finalização do estudo hidrológico, realizado por técnicos, que definirá a necessidade de remoção ou não das casas para obras de alargamento do Arroio Sapucaia
Cinco famílias que residem na rua 1º de Março, no bairro Jardim das Figueiras, reuniram-se hoje(10), com a Comissão de Urbanização, Transporte e Habitação, integrada pelos vereadores Leonardo Dahmer (PT), Hartri Zanoni(PSB) e Jane Battistello (PMDB), além do presidente da Câmara, Marcelo Kohlrausch(PSB), Jaime da Rosa(PSB) e o Executivo. Na pauta da reunião, conduzida pelo presidente Leonardo Dahmer, a dúvida sobre a remoção das casas para as obras de alargamento do Arroio Sapucaia e a minimização das enchentes. Conforme a moradora Lênia Vargas, que reside há 16 anos no local, foram feitos investimentos nas moradias - em torno de R$ 100 mil, e não há notícias de indenização do valor. "Tivemos a promessa do prefeito há quatro anos de que nossas residências não seriam removidas e buscamos uma explicação, já que nos foi informado que poderíamos investir", alegou.
Segundo o diretor da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Daniel Cardozo, na primeira etapa das obras, ao todo três, serão retiradas 12 famílias, mais especificamente àquelas que estão à beira do arroio, que receberão novas casas no bairro Votorantim. No caso destas cinco famílias, a remoção ainda depende de estudo hidrológico. "Antes desta análise técnica, que engloba todo o trajeto do arroio, não há como dizer se estas famílias precisarão ser retiradas", salientou, afirmando que o estudo será realizado ao término da terceira etapa da obra, ainda sem previsão de conclusão. O diretor, questionado pelos vereadores, disse que serão 43 famílias a serem realocadas, todas que estão em área altamente afetada pela enchente.
Na oportunidade, o vereador Jaime da Rosa destacou que, para esclarecer o projeto solicitando autorização da Câmara para aquisição do material para construção das novas casas aprovado pela Câmara, totalizando cerca de R$ 700 mil, foi necessário que o legislativo conhecesse a listagem dos moradores realocados. "Faz parte do trabalho de fiscalização da Câmara", disse. Rosa disse, ainda, que os moradores não devem investir mais até que o estudo esteja completo. Também o vereador Harri Zanoni sugeriu que o executivo estude a possibilidade junto aos órgãos competentes, de se fazer um traçado reto onde o arroio faz a curva. "Esta ação impediria o retorno da água para o bairro", disse. Também o presidente da Câmara reforçou a importância de realização das obras para evitar novas enchentes.
O presidente da Comissão, Leonardo Dahmer, garantiu que os vereadores vão aguardar o resultado dos estudos e solicitou que os moradores participem das reuniões semanais realizadas pela secretaria para acompanhar o desenvolvimento das ações de remoção das famílias. "A Câmara estará também acompanhando este processo", disse.
Por Terezinha Bobsin reg prof MTb/RS 7156