Esteio pode ser incluido no mapeamento de crises climáticas permanentes

A ideia, de acordo com os autores do documento, aprovado terça-feira (19) pelo Plenário, é que Esteio possa ser monitorado pelo Cemaden por decreto permanente e receber obras estruturantes contra cheias.

Por Comunicação Social - Assessoria de Imprensa

21/09/2023 - A pedido dos vereadores Marcelo Kohlrausch(PSB) e Cristiano Coutinho (MDB), o Governo Federal, através do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemadem), além do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, vai receber o ofício da Câmara Municipal de Esteio, solicitando a inclusão da cidade no mapeamento como cidade suscetível a eventos extremos. A ideia, de acordo com os autores do documento, aprovado terça-feira (19) pelo Plenário, é que Esteio possa ser monitorado pelo Centro com a possibilidade de ficar permanentemente decretado em estado de emergência para que receba as obras continuadas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A finalidade é de combater as enchentes, considerando que a nova etapa do programa vai contar com obras específicas para a prevenção e investimentos visando minimizar os efeitos de situações climáticas.

De acordo com os vereadores, o Cemaden objetiva salvaguardar vidas e diminuir a vulnerabilidade social, ambiental e econômica decorrente dos significativos desastres naturais que acontecem no Brasil provocados, especialmente, por inundações, enxurradas e deslizamentos. Conforme dados do Centro, no escopo do Plano Nacional de Gestão de Riscos e Respostas a Desastres, o Cemaden monitora, atualmente, 959 municípios em todas as regiões brasileiras.

Os municípios monitorados, de acordo com iinformações do Cemaden,  têm histórico de registros de desastres naturais decorrentes de movimentos de massa (deslizamentos de encosta, corridas de massa, solapamentos de margens/terras caídas, queda/rolamento de blocos rochosos e processos erosivos) e/ou decorrentes de processos hidrológicos (inundações, enxurradas, grandes alagamentos). Em complemento , os municípios monitorados devem ter as áreas de riscos para processos hidrológicos e geológicos identificados, mapeados e georreferenciados.

Para os vereadores, o Rio Grande do Sul tem sido um dos estados brasileiros mais atingidos por crises climáticas, seja com longos períodos de seca, ou com a ocorrência de ciclones. "Neste ano, pelo menos três eventos do tipo já foram registrados no território gaúcho, com prejuízos nos municípios. Esteio vem sofrendo demasiadamente e, nada mais justo que faça parte deste mapeamento e tenha possibilidade de receber obras estruturantes contra as enchentes", alegaram. O documento deve ser encaminhado ainda nesta semana ao Governo Federal.