Esteio deve instituir o Dia Municipal de Fibromialgia

25/04/2019 - O vereador Leo Dahmer (PT), apresentou nesta terça-feira, 23, o projeto de lei instituindo  o Dia Municipal da Fibromialgia e doenças correlacionadas. A iniciativa é do vereador Leo Dahmer (PT) visa incluir no calendário oficial do município o dia 12 de maio, marcando a data, através de  palestras, debates, aulas e seminários, ações que devem contribuir  para a conscientização e divulgação de informações acerca da doença.A ideia surgiu após a visita do presidente da  Associação Nacional de Fibromiálgicos e Doenças Relacionadas (Anfibro), Daniel Lenz, no último dia 17. A entidade tem por objetivo encaminhar demandas da população municipal que é acometida pela fibromialgia. 

Conforme o texto da matéria, ficam as empresas públicas, empresas concessionárias de serviços púbicos e empresas privadas obrigadas a dispensar, durante todo o horário de expediente, atendimento preferencial aos portadores de Fibromialgia, bem como entidades bancárias e comércio deverão incluir as a doença na fila preferencial destinadas a idosos, gestantes e deficientes. As vagas de estacionamento na cidade também devem ter a mesma previsão. 

De acordo com o vereador, a Fibromialgia foi incluída no Catálogo Internacional de Doenças somente em 2004, como sendo uma doença multifatorial, de causa ainda desconhecida identificada com o CID 10 M 79.7. "A doença é definida por uma dor crônica que migra por vários pontos do corpo e se manifesta especialmente nos tendões e nas articulações. Trata-se de uma patologia relacionada com o funcionamento do sistema nervoso central e o mecanismo de supressão da dor. Pelo fato de ser uma doença recém descoberta, a comunidade médica ainda não conseguiu concluir quais são suas causas", defendeu.

Dahmer ressalta que  já está pacificado que os portadores da enfermidade, em sua maioria mulheres, na faixa etária de 30 a 55 anos, possuem maior sensibilidade à dor do que as pessoas que não são acometidas por ela, em virtude de o cérebro dos doentes interpretarem os estímulos à dor de forma exagerada, ativando o sistema nervoso por inteiro. "Ainda não há cura para a fibromialgia, sendo o tratamento parte fundamental para que não se dê a progressão da doença que, embora não seja fatal, implica severas restrições à existência digna dos pacientes, sendo pacífico que eles possuem uma queda significativa na qualidade de vida, implicando negativamente nos aspectos social, profissional e afetivo de sua vida.  A Fibromialgia é, portanto, uma condição clínica que demanda controle dos sintomas, sob pena de os fatores físicos serem agravados, exigindo a necessidade de uma combinação de tratamentos medicamentosos e não medicamentosos, em virtude de a ação dos medicamentos não ser suficientes", finalizou

A proposta está tramitando nas Comissões Permanentes e deve entrar em votação nas próximas semanas.

Leo dahmer.jpg

Por Terezinha Bobsin - Reg. Prof MTB/RS 7156