Divergências nas contas de energia e poda de árvores são temas de audiência pública
O desabastecimento de água também esteve em pauta
As discordâncias nas contas de energia dos cidadãos de Esteio, além da constante falta de água na cidade e a responsabilidade pela poda de árvores no município foram debatidas em audiência pública realizada na Câmara de Vereadores na noite de ontem (15), com a empresa concessionária de energia, RGE Sul, Executivo e Corsan. A pedido dos vereadores Euclides Castro e Fernanda Fernandes, da bancada do PP, a audiência visou dialogar com as entidades e Poder Público a fim de trazer esclarecimentos à comunidade, que vem trazendo reclamações sobre os assuntos à Câmara de Vereadores.
Na ocasião, com a participação dos vereadores Mário Couto (PDT), Rute Pereira (PMDB), Sandro Severo (PSB) e o presidente da Câmara, vereador Felipe Costella (PMDB), que deu início ao evento, houve um impasse entre a RGE e o Executivo sobre a responsabilidade pela poda de árvores na cidade. O representante da RGE, Thiago Oliveira, argumentou que a poda, quando for preventiva, ou seja, ainda sem risco iminente junto à fiação elétrica, é atribuição da prefeitura. Thiago também aproveitou para falar sobre a incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na fatura de energia. "Não houve aumento tarifário da conta por parte da concessionária, uma vez que o ICMS é uma lei estadual que incide 30% sobre o valor total do consumo de energia.
Para o vereador Sandro, é necessário um acordo formalizado entre a concessionária e a prefeitura. Já o vereador Euclides propôs um grupo entre os parlamentares participantes para manter contato sobre o andamento da situação. “Temos que definir esse assunto, pois é de extrema importância para a cidade”, aponta. Também a vereadora Fernanda sugeriu um comitê de acompanhamento constante através do Executivo nessa causa, com o objetivo de melhorar a comunicação entre a entidade e a prefeitura.
Corsan
Na oportunidade, o gerente da Corsan de Esteio, Luciano Brandão, explicou que, dos três casos de falta de água ocorridos nas últimas semanas, dois deles foi devido a obras de intervenção da empresa. Destacou, também, que o tempo de reabastecimento da água poderá levar até sete horas, conforme a proximidade e a elevação dos bairros do município. Acrescentou, ainda, que a companhia prevê a distribuição de água para a população em caminhões-pipa somente para casos emergenciais.
Além disso, Brandão informou que a prefeitura está mais presente nas obras da Corsan, acompanhando e fiscalizando o andamento dos serviços da companhia. “Estamos aproveitando os meios de comunicação do Executivo para estar mais perto da comunidade”, completa. O diretor de Drenagem Urbana, Leomar Teichmann, presente à audiência, afirmou que “a fiscalização junto à Corsan é diária”.
Por Guilherme Pech - estágio em Jornalismo
Edição - Terezinha Bobsin - Reg prof Mtb/RS 7156