Convênio com Canoas que vai disponibilizar vagas em abrigo é debatido em audiência pública
O projeto que pretende firmar convênio com o município de Canoas, visando disponibilizar a utilização de dez vagas em favor de crianças e adolescentes, por 12 meses, no abrigo da Associação Beneficente Evangélica da Floresta Imperial (ABEFI), em Esteio, foi a pauta da Audiência Pública realizada da tarde de ontem (26), no Plenário da Câmara de Vereadores. A audiência, que contou com a presença dos vereadores Felipe Costella (PMDB), Fernanda Fernandes (PP), Harri Zanoni (PSB), Leonardo Dahmer (PT) e Sandro Severo (PSB), além de representantes da ABEFI, da Secretaria Municipal de Cidadania e Desenvolvimento Social, do Conselho Tutelar, da comunidade e abrigados, foi convocada pela Comissão de Saúde, presidida pela vereadora Rute Pereira (PMDB), e integrada pelos vereadores Luiz Duarte (PT), Mário Couto (PDT), na última terça-feira (20).
Na ocasião, os vereadores fizeram questionamentos a respeito do novo contrato, sobre as dificuldades de acolhimento e alimentação no abrigo, e se os mesmos estão sofrendo com superlotação. O parlamentar Leonardo Dahmer perguntou se as dez vagas permanentes para Canoas irão prejudicar os abrigados esteienses, caso ultrapasse o número estabelecido de 20 crianças no abrigo. “A preocupação é de, com esse convênio, o número estar sempre acima da norma técnica”, argumenta. O vereador também questionou se o município de Canoas irá se responsabilizar e garantir o transporte escolar para estas crianças.
A secretária de Cidadania e Desenvolvimento Social, Tatiana Tanara, informou que, caso exceda o número limite de 12 crianças ou adolescentes para Esteio, a prefeitura irá comprar a vaga, garantindo o recurso para que a associação possa manter o abrigo com boas condições de atendimento. Além disso, a secretária afirmou que não há necessidade de mais vagas para esteienses, pois o abrigo é temporário e as crianças não devem ficar muito tempo abrigadas. Caso isso ocorra, existem mais dez vagas na Casa Lar. “Temos em média 17 acolhimentos entre a ABEFI e a Casa Lar”, acrescenta.
Já o vereador Luiz Duarte indagou ainda sobre os critérios do apadrinhamento afetivo. De acordo com o presidente da ABEFI, Carlos Bock, nenhuma criança assumida pela associação possui apadrinhamento, pois o mesmo ainda não é legal em Esteio. Segundo a secretária Tatiana Tanara, o apadrinhamento deve entrar em vigor em um mês. Para a Conselheira Tutelar, Janaína Santos, é preciso regulamentar a questão do apadrinhamento afetivo, que não existe em Esteio.
O presidente da ABEFI informou ainda que está contente com os esclarecimentos prestados durante a audiência pública e que está disposto a responder eventuais dúvidas da comunidade. “Prevemos que a criança fique o menor tempo possível no abrigo. Nosso objetivo é tornar o dependente social em um colaborador social”, informa.
O projeto deverá entrar em regime de urgência e será votado pelos parlamentares na sessão plenária de hoje (27), assim como o projeto que prevê o convênio do município com a Abefi, encerrado em janeiro deste ano. A sessão inicia-se às 18 horas, na Sala de Sessões Luiz Alécio Frainer.
Por Danielle Della Passe - estágio em Jornalismo
Edição: Terezinha Bobsin - reg.prof Mtb/RS 7156