Câmara reduz 63% do consumo de papel em 120 dias

 

Com novo sistema implantado em junho, projetos de lei e ofícios são enviados diretamente à Prefeitura, que também acesso ao programa

O presidente da Câmara Municipal de Esteio, vereador Sandro Severo (PSB), anunciou na tarde de hoje (11), a economia em relação aos gastos de papel no Legislativo. Conforme levantamento feito no período da implantação do novo sistema que gerencia todo o Processo Legislativo, instalado no início de junho deste ano, a Câmara de Vereadores reduziu, até 30 de setembro,  63,5%  em consumo de papel, com projeção de chegar a 90% até o final do ano.  Neste percentual, conforme o relatório, não estão incluídos os custos com tinta e a manutenção das impressoras.  A ideia é promover a sustentabilidade ambiental e socioeconômica na administração do Legislativo, através da redução de gastos com impressos.

Com o sistema,  a Prefeitura, que recebeu acesso direto ao programa,  não precisa mais imprimir os projetos de lei para enviar ao Legislativo. No caminho inverso, a Câmara também passa todos os processos para o Executivo, sem uso de papel. Sandro afirma que pretende incentivar a adoção de um modelo de gestão organizacional e de processos estruturado na implantação de ações voltadas ao uso racional de recursos naturais. "A evolução tecnológica, tendo como princípios a busca pela informação, agrega a economicidade, pois deixamos de usar tanto papel; transparência, agilidade e facilidade do processo legislativo", afirmou. Para ele, a redução de desperdícios no setor público, através de uma gestão equilibrada, possibilita redirecionamento de recursos para onde a população mais necessita.

O presidente  lembrou, também,  que a Câmara de Vereadores, historicamente, já economiza em diversas frentes, entre elas, a ausência de  benefícios normalmente pagos aos parlamentares. Os vereadores não recebem  verba nos dez gabinetes;  diárias aos vereadores (somente os servidores possuem este benefício); recursos para gasolina; telefones custeados pelos cofres públicos e, ainda, o presidente não recebe verba de representação por comandar o Legislativo.

O sistema:

Em junho deste ano, os vereadores passaram a ter em suas mesas notebooks com todos projetos e proposições gerenciados, inclusive todos os prazos bem como os fluxos de tramitação. Além disso, o novo software da Città Informática Ltda, adquirido através de licitação, permite o gerenciamento das votações, que passaram de simbólica para nominal,  e do painel de projeção. Para o presidente, este é um dos maiores avanços da Câmara dos últimos anos.

Por Terezinha Bobsin - Reg prof MTb/RS 7156