Abandono do Seminário Claretiano é alvo de debate na Câmara de Esteio

Marcelo Kohlrausch: Abandono do Seminário Claretiano é alvo de debate na Câmara de Esteio

 

 

01-09-2015 - O vereador Marcelo Kohlrausch (PDT), durante a sessão de ontem (03), solicitou que a Prefeitura de Esteio volte a contratar empresa especializada em serviços de vigilância na área do Seminário Claretiano. “Há muito tempo essa reivindicação é feita pelos moradores, no entanto, o local continua abandonado”, explicou. Kohlrausch destacou que no ano passado, o município ganhou uma ação contra instituição educacional que iria construir e conservar o local, que resultou em indenização que já deveria estar servindo de fundo para garantir a restauração dos prédios. O despacho partiu da 3ª Vara Civil de Esteio, que condenou o Complexo de Ensino Superior América Latina Ltda, e seus proprietários a ressarcir aos cofres públicos R$ 453.912,46, referente a ação impetrada pelo município, em 2004. A empresa havia assinado contrato com o município em 2003 para reforma, conservação e a instalação de serviços universitários no complexo de prédios do Seminário Claretiano.

Segundo o vereador, o recurso precisa ser investido na revitalização do Seminário em sua totalidade. "O Seminário Claretiano é um prédio público com valor histórico para município de Esteio e poderia abrigar espaços culturais e sociais em benefício da população, além de que as administrações, do passado, do presente e do futuro poderiam economizar valores consideráveis que são gastos mensalmente com aluguéis de imóveis", explica. O requerimento foi aprovado na sessão de ontem(3), e será encaminhado ao Executivo Municipal.

História: Em 29 de dezembro de 1940, foi lançada a pedra fundamental, dando início a construção do Seminário Claretiano, que viria abrigar jovens de todo o Rio Grande do sul, na formação superior de sacerdotes claretianos. Na época, estava à frente, o padre Felipe Atucha, também fundador da Paróquia Imaculado Coração de Maria. A inauguração do prédio, que possuía uma área de 11 mil metros quadrados, sendo 6.454 metros quadrados de área construída, foi em 19 de março de 1943. Em 1º de dezembro de 1990 o seminário encerrou suas atividades. Temendo a total destruição, a Câmara de Vereadores tombou o prédio como patrimônio histórico em 21 de agosto de 2000, através da lei municipal 3062/00. Em junho de 2004, o único padre que ainda residia no local, André Carbonera, vinha sendo "sitiado" por jovens que usavam os prédios para o uso de drogas e prostituição. Na madrugada de 13 de agosto de 2005, foi incendiado. Em 2009, um novo incêndio colocou em risco o segundo prédio. As chamas foram controladas a tempo pelo Corpo de Bombeiros. (Parte da história foi retirada do livro Ao Longo do Trilhos, do historiador Miguel Luz).

Por  Andressa Michels 

Edição: Terezinha Bobsin (reg prof MTb 7156)

registrado em: ,