29/04/2015 - Comissão de Educação trata sobre inclusão nas escolas do município
Reclamação de falta de auxiliares de inclusão chegou à Comissão de Educação da Câmara
A Comissão de Educação reuniu-se na tarde de ontem (28) para resolver duas demandas da comunidade. Na ocasião, os vereadores Leonardo Pascoal (PP), Beatriz Lopes (PT) e Rafael Figliero (PTB) receberam a Coordenadora da CMEI, Marilza de Mello e duas representantes da Secretaria de Educação, Grasiela Maciel e Sílvia Heissler, que vieram tratar sobre os auxiliares de inclusão nas escolas do município e vagas nas instituições de educação infantil.
Um dos questionamentos trazidos pelo vereador Leonardo Pascoal dizia respeito sobre o número de profissionais que exercem a função de auxiliar de sala, que, basicamente, atendem aos alunos da inclusão. “Sabemos que dez das 26 escolas da cidade, estão com falta de auxiliar de inclusão. Nesse sentido, queremos saber que medidas estão sendo tomadas para sanar o problema”, disse. Em réplica, Sílvia Heissler explicou que as escolas contam com os profissionais do ramo, mas que o problema gira em torno da evasão dos auxiliares. “A contratação dos auxiliares está sendo feita via contrato emergencial e, as vezes, o candidato rompe o contrato antes mesmo da finalização do processo de contratação, pelo motivo de que encontrou outra oportunidade de trabalho. Isso só será resolvido com a implantação de um concurso público na área”, afirma.
A carência de profissionais da área tem preocupado as mães Cláudia da Silva e Rosane, ambas com filhos portadores de necessidades especiais. Rosane relatou à Comissão que seu filho, estudante do 3º ano da Escola Oswaldo Aranha é portador de autismo e que necessita, constantemente, da presença de um monitor. “É fundamental que meu filho tenha um acompanhamento, pois devido à situações de conflito, está com dificuldades para socializar”, desabafou. O filho de Cláudia, que possui retardo mental moderado, também está enfrentando dificuldades devido à falta de monitoria. “Meu filho está estudando na escola regular porque não necessita frequentar uma Apae, mas precisa sim de alguém junto com ele para acompanhar”. As mães relataram também problemas de falta de monitoramento dos profissionais das escolas de maneira geral, relembrando casos de brigas entre as crianças. Em virtude de um ocorrido, trocou o filho de escola, matriculando-o na Oswaldo Aranha.
A vereadora Bia mediou o encaminhamento dos relatos, tratando para que as profissionais de educação avaliassem a causa. “A equipe escolar deve se reunir com estas mães para verificar estes casos, buscando um consenso entre as partes”, salientou.
O segundo caso apresentado foi com relação a uma mãe que teve negada a matricula do filho para a Escola Oswaldo Aranha. Keli Bueno explicou que recebeu um encaminhamento para uma vaga na escola e quando chegou para efetuar a matrícula do filho, a vaga já havia sido preenchida. “Me sinto injustiçada pois como preenchem uma vaga a qual meu filho seria o próximo da fila? Tem algo de errado e eu gostaria de resolver da melhor forma possível”, enfatizou. Sílvia Heissler anotou a solicitação da mãe e prontificou-se a dar um retorno sobre a situação. A Comissão de Educação encontra-se semanalmente para avaliar as questões do segmento e ouvir as demandas da comunidade.
Por Aline Santos
Edição: Terezinha Bobsin Reg prof MTb /RS7156