26/03/2014 - Comissão de Urbanização reúne-se para tratar das obras do Distrito Industrial

Comissão de Urbanização reúne-se para tratar das obras do Distrito Industrial
Executivo anuncia que obra da Avenida das Indústrias será custeada pela Bolognesi Empreendimentos
 
      O Distrito industrial foi tema de debate na tarde de ontem (25), no Legislativo, entre a Comissão de Urbanização da Câmara de Vereadores, representantes da Bolognesi Empreendimentos, Executivo, Acise e Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL). Na pauta, a situação e o andamento das obras do Distrito Industrial, localizado na zona oeste da cidade, mais especificamente, atrás do Parque Assis Brasil. O distrito, que possui, ao todo, 70 hectares, é de propriedade da Bolognesi Empreendimentos, e está em fase de terraplanagem.
A reunião, presidida pelo vereador Marcelo Kohlrausch (PDT), contou com a participação dos vereadores Beatriz Lopes (PT), Leonardo Dahmer (PT),  Leonardo Pascoal(PP), Harri Zanoni (PSB), Jaime da Rosa (PSB) e Rafael Figliero (PTB), além da secretária de Desenvolvimento Urbano, Bernardete Konzen e do secretário de Desenvolvimento Social, José Luiz Duadt.
     Na oportunidade, o presidente da Comissão de Urbanização, Marcelo Kohlrausch, indagou o Executivo sobre a responsabilidade pela infraestrutura da Avenida das Indústrias, cujo orçamento, de acordo com o vereador, gira em torno de R$ 5 milhões. "O Executivo havia assumido a responsabilidade por estes investimentos, que atualmente estão na casa dos R$ 5 milhões, situação que provocou revolta da comunidade (rede sociais), pois as despesas ficariam por conta do contribuinte", alegou. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico, José Luiz Daudt, a responsabilidade será da empresa Bolognesi. A afirmação também veio do representante da Bolognesi, Vasco da Rosa, que pretende descartar a possibilidade de intervenções via emendas parlamentares. “Não queremos dinheiro público em nosso loteamento, queremos mercado”, salientou.
      Vasco também informou que a Bolognesi prontificou-se em realizar um estudo hidrológico para prevenir que possíveis enchentes atinjam a área. “Estamos realizando todos os levantamentos, organizando o projeto para entregá-lo à prefeitura. "O licenciamento por parte dos órgãos competentes ocorrerá em um prazo de dois anos”, disse.
       Além disso, o vereador Marcelo Kohlrausch questionou acerca da permuta estipulada para a área localizada na avenida Celina Kroeff. Sobre o assunto, Vasco explicou que a permuta não seria mais realizada, enfatizando que a troca seriam utilizadas áreas institucionais. Vasco esclareceu, ainda que via emendas, seria difícil calcular valores para apresentar uma base do que foi investido após. “Como já enfatizei anteriormente, ao invés de optarmos pelas emendas, é mais simples que a Bolognesi assuma todos os custos, visto que a empresa pode investir no empreendimento, o que não gerará custos para o município”. Já o vereador Leonardo Pascoal argumentou sobre a demora para a execução do empreendimento e questionou sobre o tamanho da área a ser disponibilizada para a obra e data em que a prefeitura vai realizar a transferência para Bolognesi. Conforme o representante da Bolognesi, serão transferidos cinco hectares e que a Bolognes, primeiramente, entregaria os estudos vinculados ao projeto e aguardaria o licenciamento no prazo de dois anos. Também o vereador Jaime da Rosa salientou que as permutas de áreas passam por análise do legislativo. "Foi criada muita expectativa em torno deste projeto, inclusive com cadastro de empresas interessadas”. O presidente Leonardo Dahmer comentou que o atraso para as decisões vinculadas à obra teriam ocorrido por falta de diálogo. “É interessante que os partidos possam se unir neste momento para dar andamento às ações”. O vereador Marcelo completou enfatizando que independente de ideologias, o Legislativo estará sempre atento ao ato de fiscalizar.
 
O que disseram os vereadores:
 
Harri Zanoni (PSB): “Porque a prefeitura queria custear a construção via emendas se a Bolognesi pode fazer a obra?”.

Beatriz Lopes (PT):"havia um segundo viés da proposta, podendo trazer maiores benefícios. Conseguindo as emendas poderia haver um barateamento no custo do projeto”.

Leonardo Pascoal(PP): "Ficou-se esperando um ano discutindo qual maneira seria mais viável, se via emendas ou custeio da empresa. O prejuízo fica no fato de a avenida das Indústrias não estar pronta", disse.
 
Jaime da Rosa (PSB): “Os procedimentos precisam de autorização do legislativo, estaremos analisando o assunto"
Por Aline Santos - estágio jornal
Foto Andressa Michels - estágio jornal
Edição Terezinha Bobsin reg prof MTb/RS 7156