08/08/2014 - Complexo de Ensino Superior América Latina deverá indenizar R$ 453 mil aos cofres públicos
Vereador pede que a verba seja investida na revitalização do Seminário Claretiano
A 3ª Vara Civil de Esteio condenou o Complexo de Ensino Superior América Latina Ltda, e seus proprietários a ressarcir aos confres públicos R$ 453.912,46, referente a ação impetrada pelo município, em 2004. A empresa havia assinado contrato com o município em 2003 para reforma, conservação e a instalação de serviços universitários no complexo de prédios do Seminário Claretiano. Conforme o despacho: "Fica o executado intimado de que o cerdor aceitou o parcelamento proposto (valor corrigido até 30/01/2016 R$453.912,46 e dividido em 18 parcelas de R$ 25.217,00 mediante depósito judicial".
Segundo o vereador Marcelo Kohlerausch (PDT), o recurso precisa ser investido na revitalização do Seminário Claretiano, em sua totalidade. "O Seminário Claretiano é um prédio público com valor histórico para município de Esteio e poderia abrigar espaços culturais e sociais em benefício da população, além de que as administrações, do passado, do presente e do futuro poderiam economizar valores consideráveis que são gastos mensalmente com aluguéis de imóveis", explica o vereador. O pedido foi aprovado pelo Plenário na última terça-feira, 5, e vai ser encaminhado ao Executivo nos próximos dias. O documento com a condenação pode ser acessado no site do Tribunal de Justiça do Estado sob número: 014/1.04.0000443-5.
História: Em 29 de dezembro de 1940, foi lançada a pedra fundamental, dando início a construção do Seminário Claretiano, que viria abrigar jovens de todo o Rio Grande do sul, na formação superior de sacerdotes claretianos. Na época, estava à frente, o padre Felipe Atucha, também fundador da Paróquia Imaculado Coração de Maria. A inauguração do prédio, que possuía uma área de 11 mil metros quadrados, sendo 6.454 metros quadrados de área construída, foi em 19 de março de 1943. Em 1º de dezembro de 1990 o seminario encerrou suas atividades. Temendo a total destruição, a Câmara de Vereadores tombou o prédio como patrimônio histórico em 21 de agosto de 2000, através da lei municipal 3062/00. Em junho de 2004, o único padre que ainda residia no local, André Carbonera, vinha sendo "sitiado" por jovens que usavam os prédios para o uso de drogas e prostituição. Na madrugada de 13 de agosto de 2005, foi incendiado. Em 2009, um novo incêndio colocou em risco o segundo prédio. As chamas foram controladas a tempo pelo Corpo de Bombeiros. (Parte da história foi retirada do livro Ao Longo do Trilhos, do historiador Miguel Luz).
Por Terezinha Bobsin reg prof MTb/RS 7156
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