02/07/2014 - Adesão ao tratamento de esgoto foi tema de reunião na Câmara de Esteio
Comunidade tem dúvidas sobre novo serviço que será cobrado pela Corsan nos próximos meses
O contrato de adesão aos serviços de abastecimento de água e tratamento de esgoto sanitário, assinatura que está sendo requerida pela Corsan junto aos usuários de Esteio, foi pauta na reunião da Comissão de Saúde, Meio Ambiente e Assistência Social, na tarde de ontem (01), com a presença dos vereadores Leonardo Pascoal (PP), Jaime da Rosa (PSB), Michele Pereira (PT), Harri Zanoni (PSB), com o representante da estatal, Abrão de Farias.
Durante a reunião, presidida pelo vereador Leonardo Pascoal, foi questionado o funcionamento do novo serviço de tratamento de esgoto que será iniciado nos próximos meses, especificamente no bairro Novo Esteio, onde as esperas para a ligação à rede de esgoto estão prontas. Conforme explicou o representante da Corsan, Abrão de Farias, ainda não há uma data fixada para começar a cobrança do esgoto na conta de água. Nos próximos dias, a estatal iniciará uma campanha de conscientização e um convite aos usuários para a conexão à rede “Faremos um projeto piloto, passando de casa em casa, entregando um material informativo e explicando como será feita a ligação”, informou. Segundo ele, o usuário que aceitar, terá uma carência de seis meses com o esgoto já ligado. O que não aceitar, será notificado para fazer a ligação, mesmo não sendo obrigatória. "Neste caso, vai depender do Ministério Público", alertou. Farias salientou, ainda, que o custo na conta mensal também será o equivalente a 50% do que o usuário consumir em água. "Quem faz parte do programa Bolsa Família, tem 60% de desconto na água e terá também no esgoto", disse.
A grande preocupação dos vereadores é que com a comunidade que não tem condições financeiras de realizar a obra em suas residências e calçadas."Precisamos levar em conta a dificuldade financeira que muitas pessoas terão de fazer a ligação de suas residências à nova rede de esgoto", alegou o presidente da Comissão. Segundo o vereador Jaime da Rosa, quando foi proposto o tratamento de esgoto, a Corsan afirmou que depois resolveria como a cobrança seria feita. “Estamos preocupados, até porque não é tão fácil assim. A maioria das casas não possui projeto arquitetônico”, comentou o vereador. A vereadora Michele Pereira, propôs uma reunião com o estado, já que a Corsan havia garantido suporte aos que não pudessem pagar. “Em 2007, na renovação do contrato, nos foi dito que haveria solução para o caso, no entanto, isso não aconteceu”, comentou a vereadora.
O presidente da comissão, vereador Leonardo Pascoal, marcou para a próxima terça-feira (08), uma nova reunião, com a presença do setor jurídico do Executivo e também da Corsan, para que seja discutida a possibilidade da criação do Fundo de Gestão Compartilhada, para viabilizar as instalações aos usuários de baixa renda. " A ideia é que o fundo conte com um recurso mensal repassado pela Corsan, e administrado por um conselho formado por usuários, pela companhia e pelo Poder Público Municipal", destacou o presidente.
Por Andressa Michels - estágio jornal
Edição e fotos Terezinha Bobsin Reg prof MTB/RS 7156