Unilasalle apresenta projeto de gerenciamento de resíduos sólidos à Câmara de Esteio

 Mello informa que o próximo passo será o processo de capacitação dos catadores, previsto para janeiro de 2014. O objetivo é capacitar catadores individuais e organizados em cooperativas ou associações nas temáticas de economia solidária, cooperação no trabalho, logística e comercialização, bem como, organizar e implementar uma rede de comercialização articulada entre os municípios de Canoas, Esteio e Nova Santa Rita. Mello explicou que a ideia é utilizar a mão de obra do catador e proporcionar inclusão sócio- produtiva e desenvolvimento econômico em comunidades de periferia, além da realização de um trabalho voltado à educação ambiental para evitar o descarte em locais inapropriados. “A nossa proposta é estimular os catadores a adquirir boas práticas no trato da coleta que realizam e ao mesmo tempo integrá-los à sociedade, reconhecendo o catador individual como um agente de coleta nos municípios. O projeto vem a contribuir para pensarmos de que forma o município vai poder prestar conta do volume de material dessa coleta extra-oficial, que neste momento não aparece nos cômputos”, falou, ressaltando que acredita ser viável se chegar aos 30% de triagem e destinação adequada dos resíduos dos três municípios, pelas informações do diagnóstico, e agregar valor aos materiais. Questionado pela vereadora Michele Pereira, o professor explicou que são foram contabilizados 23 da cooperativa e 40 catadores individuais. Limítrofe com sapucaia não conseguem separar quem é de sapucaia quem é de Esteio.

O Vereador Harri elogiou o projeto e enfatizou que é fundamental a conscientização da importância de deixar a cidade limpa e da responsabilidade de todos os moradores nesse sentido. “ É inadmissível uma cidade sempre suja, esse tipo de projeto nos dá uma perspectiva de que ainda vamos ter uma cidade como a gente precisa, e com estes avanços vamos ter no futuro a recompensa”, disse. Já o vereador Leonardo Pascoal, lembrou do recente anteprojeto construído com entidades de proteção aos animais que colocaria um horizonte de oito anos para a proibição do tráfego de veículos de tração animal, e questionou a viabilidade disso, considerando a situação dos catadores.

Mello disse que, provavelmente, se possam criar outras estratégias que substituam as carroças, como carrinhos elétricos, porém disse que a questão deve ser repensada e defendeu o uso das carroças dizendo que 90% dos catadores tratam bem os animais e que a questão de defesa dos animais deve ser problematizada sob uma legislação específica de coleta seletiva. A Comissão fará um estudo do diagnóstico que será enviado nos próximos dias pela equipe e dará continuidade ao debate, inclusive englobando outras entidades que possam contribuir para a vigência de uma legislação moderna que contemple a todos os envolvidos. Além dos vereadores integrantes da Comissão, participaram do encontro, o Analista de Projeto, Rafael Santos Pereira, Cristiane Farias que também faz parte da equipe Unilasalle, e a vereadora Jane Battistello (Partido da Solidariedade).