Oscar Niemeyer será nome de rua em Esteio

Oscar Niemeyer será nome de rua em Esteio

 

22/03/2013 - Uma das figuras-chave no desenvolvimento da arquitetura moderna, Oscar Niemeyer, vai ser nome de rua em Esteio. A ideia é da bancada do PT, integrada pelos vereadores Leonardo Dahmer, Michele Pereira e Beatriz Lopes, que protocolou a proposta na tarde de hoje(7) na secretaria da Câmara de Vereadores. O local que receberá o nome do arquiteto é no novo Loteamento Industrial, no Bairro Novo Esteio, que está em fase de terraplanagem. Para os vereadores, além de referência humana, Niemeyer foi um revolucionário, defendendo através de suas construções, um mundo mais justo, fraterno e solidário. "A via que receberá o nome do arquiteto irá carregar toda a história de Oscar Niemeyer, sendo ela próxima ao Parque de Exposições Assis Brasil. A indicação do nome é uma forma de homenagear este ícone da arquitetura moderna ", destacam. O projeto vai ser analisado pelas Comissões Permanentes e liberado para a pauta de votação nos próximos dias.

Relembre a trajetória de Oscar Niemeyer:
 
Nie­me­yer foi um dos ar­qui­te­tos mais reconhecidos no mundo, projetou o Brasil Internacionalmente. Su­bor­di­na­do a sua ima­gi­na­ção, o ma­te­rial es­té­ril e cin­zen­to bai­la­va em cur­vas e elip­ses que se tor­na­ram sua mar­ca re­gis­tra­da, no Bra­sil ou no res­to do mun­do — seus pro­je­tos es­tão es­pa­lha­dos por Fran­ça, Itá­lia e Ar­gé­lia, en­tre ou­tros paí­ses ao re­dor do globo. Ca­rio­ca do bair­ro das La­ran­jei­ras, Os­car Ri­bei­ro de Al­mei­da Nie­me­yer nas­ceu em dezem­bro de 1907, sim­bo­li­ca­men­te pou­co tem­po de­pois da exe­cu­ção dos pla­nos de urba­ni­za­ção do Rio pro­mo­vi­dos pe­lo pre­fei­to Pe­rei­ra Pas­sos.
De fa­mí­lia tra­di­cio­nal (seu avô foi mi­nis­tro do Su­pre­mo Tri­bu­nal Fe­de­ral e ho­je é no­me de rua no Rio), Nieme­yer pri­mei­ro co­me­çou a tra­ba­lhar co­mo ti­pó­gra­fo, au­xi­lian­do o pai. Em 1929, entrou pa­ra a Es­co­la Na­cio­nal de Be­las Ar­tes, on­de re­ce­beu o di­plo­ma de en­ge­nhei­ro ar­qui­te­to em 1934. A par­tir daí, a tra­je­tó­ria pro­fis­sio­nal de Nie­me­yer se cru­za de ma­nei­ra fun­da­men­tal com a do tam­bém ar­qui­te­to Lú­cio Cos­ta. Foi no es­cri­tó­rio que Cos­ta di­vi­dia com Car­los Leão que Nie­me­yer co­me­çou sua car­rei­ra, em 1935. 
Mes­mo pre­ci­san­do de di­nhei­ro pa­ra susten­tar uma fa­mí­lia em for­ma­ção, Nie­me­yer co­me­çou tra­ba­lhan­do de gra­ça, com o ob­je­ti­vo de se aper­fei­çoar. Suas obras --prédios públicos e privados, monumentos, esculturas e igrejas-- marcam a paisagem das principais cidades brasileiras e espalham-se por vários países do mundo, como Estados Unidos, França, Espanha, Alemanha, Itália, Argélia, Israel e Cuba, entre outros. Niemeyer projetou grande parte das obras de Brasília, entre elas a praça dos Três Poderes, os prédios do Congresso Nacional, do STF (Supremo Tribunal Federal) e o Palácio do Planalto. Em São Paulo, projetou o Memorial da América Latina, o edifício Copan e as construções do Parque do Ibirapuera; no Rio, concebeu o Museu de Arte Contemporânea de Niterói e a Marquês de Sapucaí; em Belo Horizonte, projetou todo o Conjunto Arquitetônico da Pampulha. Faleceu em 5 de dezembro de 2012, aos 104 anos.

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Por Terezinha Bobsin