Esteio: Descaso com o Seminário Claretiano será levado à Promotoria Pública
17/10/2013 - O abandono do Seminário Claretiano em Esteio, tombado como patrimônio histórico em 2000, vai ser o tema abordado pelo presidente da Câmara Jaime da Rosa (PSB), e os vereadores Harri Zanoni (PSB) e Leonardo Pascoal (PP), nos próximos dias com a Promoitoria Pública do Município. A decisão foi tomada ontem(16) depois de visita da comitiva de vereadores ao complexo. Eles lamentaram a situação de descaso e desperdício de dinheiro público por parte do Executivo. "Estamos aguardando a troca de promotoria, que deve ocorrer ainda nesta semana, para agendar a reunião", afirma o presidente.
As paredes que foram repintadas estão todas pichadas novamente por vândalos que continuam dormindo no local e os vidros recentemente instaladados também não existem mais. O tapume, que havia sido colocado em frente às edificações também foi derrubado. Segundo os vereadores, a ideia é realizar uma audiência com o Executivo, moradores e Ministério Público no local. Além disso, a segurança no local também tem sido alvo de vários pedidos da vereadora Michele Pereira (PT). História: Em 29 de dezembro de 1940, foi lançada a pedra fundamental, dando início a construção do Seminário Claretiano, que viria abrigar jovens de todo o Rio Grande do sul, na formação superior de sacerdotes claretianos.
Na época, estava à frente, o padre Felipe Atucha, também fundador da Paróquia Imaculado Coração de Maria. A inauguração do prédio, que possuía uma área de 11 mil metros quadrados, sendo 6.454 metros quadrados de área construída, foi em 19 de março de 1943. Em 1º de dezembro de 1990 o seminario encerrou suas atividades. Temendo a total destruição, a Câmara de Vereadores tombou o prédio como patrimônio histórico em 21 de agosto de 2000, através da lei municipal 3062/00. Em junho de 2004, o único padre que ainda residia no local, André Carbonera, vinha sendo "sitiado" por jovens que usavam os prédios para o uso de drogas e prostituição. Na madrugada de 13 de agosto de 2005, foi incendiado. Em 2009, um novo incêndio colocou em risco o segundo prédio. As chamas foram controladas a tempo pelo Corpo de Bombeiros.
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Por Terezinha Bobsin.