AESSUL paralisa parte de obra de alta tensão na Vila Osório
Moradores sugeriram rota alternativa utilizando a BR 116, mas empresa precisa aguardar posição do Dnit.
16/04/2013 - A Aessul paralisou hoje(16) parte da obra do novo traçado da rede de alta tensão na Vila Osório em Esteio, nas ruas Tiradentes, Brasilia , Pedro Alvares Cabral, depois de ouvir comitiva de moradores do bairro ontem(15), no Salão Nobre da Prefeitura. O novo traçado programado pela empresa para deslocar as torres de alta tensão, deveria dar passagem de fios pelas ruas Tirandentes, Brasília, São Cristóvão, Leônidas Silva até a Castro alves, onde se reencontraria com a rede original. A rota, conforme os moradores, vai atingir mais de 50 famílias no local, que não aceitam torres de alta tensão em frente às residências. "Não fomos avisados e a obra já está em pleno andamento", disse a moradora Sandra Tarouco, que questionou, inclusive, o risco à saúde. Também o morador Nélio Dalmago, garantiu que não aceitar a imposição da obra. "Uma das torres de concreto estava sendo instalada na calçada, sem permissão, e com parte dela obstruindo a entrada minha da garagem", ressaltou.
Na oportunidade, com a presença dos vereadores Jaime da Rosa(PSB), morador do bairro, e Leonardo Pascoal (PP), além do vice-prefeito, Fladimir Costella, os moradores sugeriram que a empresa analise a possibilidade da rede ser puxada pelas ruas Peri Fagundes e Oswaldo Kroeff com saída até a BR 116. "Desta forma o traçado atinge apenas quatro famílias, onde três estão se mudando", disse o presidente da Associação de Moradores, Jorge Evanir de Lima.
Conforme o coordenador de Expansão da Aessul, Sérgio Machado, o trecho vai parar para aguardar determinação do Departamento de Infraestrutura e Transporte (Dnit), já que a nova sugestão atinge a BR 116, mas o restante da obra deve continuar. "Vamos aguardar a decisão do Dnit, pois precisamos trocar as torres de onde se encontram atualmente para a via pública", explicou. Machado destacou, ainda, que não existem riscos à saúde de acordo com levantamentos e cuidados adotados pela empresa, conforme normas da Aneel. A informação foi reforçada pela secretária de Urbanismo, Bernardete Konzen. "A Promotoria Pública pediu levantamento técnico e foi constatado que não há riscos à saúde dos moradores", garantiu.
O vereador Jaime da Rosa, que também é presidente da Câmara, questionou a falta de informação aos moradores e alertou que a empresa está obstruindo a passagem dos pedestres com a colocação de canos nas calçadas. Atualmente, a linha atravessa em diagonal da BR 116 e a avenida Leônidas Silva.