10/11/2011 - Vereadores se reúnem com Sisme, Fundação e Executivo para debater situação do Hospital São Camilo
O presidente da Comissão de Saúde, Felipe Costella (PMDB), e os vereadores Jaime da Rosa (PSB), Sirlon Ribeiro (PMDB), Harri Zanoni (PSB), Michele Pereira (PT), Leonardo Dahmer (PT), Therezinha Heller (PPS) e Jane Battistello (PDT), se reuniram, na tarde desta quarta-feira (09), com representantes do Sisme, da Fundação de Saúde Pública São Camilo e do Executivo. Em pauta problemas que estariam acontecendo na instituição, apontados pelos servidores, a exemplo do déficit de R$ 4 milhões, conforme relatório do Conselho Fiscal da Fundação. “Os servidores procuraram a Câmara porque estavam preocupados com a notícia de que há um déficit de R$ 4 milhões, e que isso poderia provocar atraso nos salários e suspensão de férias”, iniciou Felipe.
Segundo a contadora da fundação, Dulcineia Matos, o orçamento previsto para 2011 é de R$ 28,5 milhões e até outubro já foram investidos R$ 22 milhões, ou seja, são R$ 6 milhões em caixa para os meses de novembro e dezembro: “esse valor suporta a folha de pagamento e os fornecedores”, garante. Ela ainda comentou que o déficit foi apontado sem levar em conta um aditivo do Executivo, feito em agosto. A contadora ressaltou ainda, após questionamento do vereador Harri Zanoni, que o hospital arrecadou R$ 12 milhões através de convênios. O secretário de comunicação de articulação política, Sigfried Bernich, afirmou: “o Executivo fará novos repasses em novembro e dezembro e sempre que necessário. É um compromisso do governo”.
De acordo com a vereadora Michele Pereira, a questão orçamentária do hospital não ficará prejudicada, mesmo com os repasses do Executivo. Também o vereador Jaime da Rosa destacou que antes de passar para fundação, os servidores do São Camilo, nunca precisaram procurar o Legislativo para questionar pagamento salarial.
Aline Baladão, presidente do Sisme, ainda levantou questões como a falta de materiais de higiene e limpeza, além de medicamentos. Conforme a representante sindical, a dúvida surgiu a partir de relatos de funcionários do hospital. A diretora da Fundação, Liege Jesus, explicou que pode ter ocorrido falta de algum material em razão de atraso na entrega ou demora na licitação, mas segundo ela, nesses casos, são feitos empréstimos em hospitais vizinhos. “Medicamentos nunca faltaram. Além disso, nunca fui procurada pelo Sisme ou funcionário para tirar essas dúvidas e isso gera boatos”, argumentou.
A previsão para o São Camilo na peça orçamentária para 2012, que já está em tramitação na Câmara de Vereadores, no valor de R$ 16,2 milhões, destinados a manutenção de contratos de gestão.
Férias
A respeito da possibilidade de suspensão das férias, ela esclarece: “o concurso público foi homologado e portanto, chegarão muitos profissionais. Além disso, existem contratos emergenciais vencendo. Não há como manter demissões, contratações e férias ao mesmo tempo, é uma questão administrativa”. Liege ainda faz uma ressalva: “o planejamento é para os meses de novembro e dezembro, para janeiro e fevereiro, as previsões de férias estarão normalizadas”.
Por Sâmela Lauz - estágio jornal
Edição Terezinha Bobsin reg prof MTb/RS 7156