04/05/2010 - Câmara vai convocar Hospital São Camilo e Executivo no caso da morte do mestre de artes marciais
A direção técnica e administrativa do Hospital São Camilo e o Executivo serão convocados pela Câmara de Vereadores de Esteio no dia 17 deste mês, às 14 horas, sob pena de crime de responsabilidade a ausência sem justificação adequada, para esclarecer o caso da morte do mestre de artes marciais, Edson Bernardes Batista, ocorrido no último dia 11 de abril. A medida, que está prevista no artigo 15 da Lei Orgânica do Município, foi adotada na tarde de hoje (3), pelas Comissões de Saúde e Segurança da Câmara de Vereadores devido a falta de comparecimento dos diretores, após convite enviado pelo Legislativo, na semana passada, à reunião que visa apurar os fatos sobre a morte do esteiense, após ser atendido no hospital. "A lei orgânica nos dá esta prerrogativa em caso de não comparecimento a convites da Câmara" explica o presidente Sirlon Ribeiro (PMDB). Em ofício entregue enviado ao Executivo e, em cópia à Câmara no último dia 30, às 17h30min, a diretora administrativa do hospital, Ana Boll, informa ao prefeito que os diretores do São Camilo estão impedidos de legalmente de divulgar informações constantes em prontuário médico, conforme determina o artigo 11 do Código de Ética Médica, sob pena de responderem criminalmente. O Ministério Público e o Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio Grande do Sul (Cremers) tambémserão convidados. Antes, porém, o presidente da Comissão de Saúde Felipe Costella (PMDB) e o vice-presidente da Câmara, vereador Luiz Duarte (PTB), integrante da Comissão de Segurança, se reunirão com o Cremers ainda nesta semana para dar conhecimento do fato à entidade, munidos de laudos e atestado de óbito da vítima.
A viúva do mestre de tae kwon do, Elizabete de Castro, além dos três filhos, parentes e amigos, participaram da reunião e demonstraram indignação pela falta ausência dos diretores ao encontro. "Queremos apenas saber o que realmente aconteceu ,já que os laudos se contradizem. O DML diz que havia um orifício de entrada de um projétil e não havia saída e o hospital diz que não havia projétil. Querermos saber porque não realizaram rapidamente a cirurgia, já que ele apresentava o quadro grave hemorragia", explica. Elizabete, inconformada, destacou que a família não foi recebida pela administração ténica e administrativa do hospital e reclamou do atendimento do administrador técnico. Participaram da reunião, ainda, os vereadores Jaime da Rosa (PSB), Jane Battistello (PDT), Harri Zanoni (PSB), Therezinha Heller (PPS) e Leonardo Dahmer (PT).
Depois da reunião, os familiares e o vereador Luiz Duarte foram até a delegacia para acompanhar o andamento do caso.
Por: Terezinha Bobsin Reg prof MTb 7156