O caso dos remédios vencidos, além de bolsas de colostomia, seringas, ampolas e material de procedimentos médicos, descartados num terreno baldio na rua Paulo Pontes, esquina com a avenida João Paulo I, no Bairro Jardim Planalto, próximo a um córrego que desagua no Arroio Esteio, bem como no na Vila Barreira e no CAIC, no último dia 15, vai parar no Ministério Público e na Delegacia de Polícia. A decisão tomada ontem (23) durante a reunião solicitada pela Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Câmara de Vereadores de Esteio, integrada pelos vereadores Sirlon Ribeiro (PMDB), Felipe Costella (PMDB) e Tânia Marli Rodrigues (PTB), secretários de Saúde e Meio Ambiente, José Silveira e Gilberto Tim, e da MP Engenharia, empresa terceirizada, que faz o recolhimento do lixo na cidade, além dos vereadores Luiz Duarte (PTB), Leo Dahmer (PT) Ari da Center (PSB) e Jaime da Rosa(PSB).  De acordo com o responsável pela empresa, Antônio Flávio Alvarez, a coleta de lixo hospitalar é realizada três vezes por semana, segundas, quartas e sextas-feiras, e, depois, enviada para um aterro sanitário em Gravataí. O motorista da empresa, Paulo Pereira, ressaltou que passou mais de uma vez no local no sábado (14). "Não havia lixo naquele local", explica. Já o secretário de Saúde, José Silveira, disse que há uma equipe da Vigilância Sanitária da cidade realizando o levantamento sobre a procedência do material, como o número do lote, mas ainda não obteve resultado concreto. "Até o momento conseguimos identificar, apenas, que não são de farmácias de Esteio", ressalta. Para o secretário, a investigação pode demorar porque o material foi retirado do local - três sacos de lixo- e entregue à secretaria do Meio Ambiente, no domingo (15) à 21 horas, pelo cinegrafista Juarez Duarte, que registrou as imagens no lixão. Juarez Duarte, que também prestou depoimento, ressaltou que havia três locais onde foram depositados os medicamentos, com acesso de crianças e moradores do bairro. "Retirei do local por temer pela vida das pessoas, principalmente das crianças que pegaram alguns remédios", observa. Ele também explicou que encontrou no local vários documentos da secretaria de Saúde, como prontuários de atendimentos, que, foram "entregues a um amigo do prefeito Gilmar Rinaldi, chamado Félix " , esclareceu. Segundo o secretário de Saúde, estes materiais, os prontuários, foram retirados do lixo na Usina de Reciclagem. "Estaremos abrindo uma sindicância para apurar os fatos, além de registrar queixa à Delegacia de Policia. Silveira entregou à Comissão cópias do contrato com empresa MP Engenharia, além de outros documentos sobre o caso. A Câmara de Vereadores, através da Comissão de Saúde, quer apurar os fatos e encontrar os responsáveis pelo descaso com o Meio Ambiente. "Descartar medicamentos em via pública é considerado crime ambiental", lembra. O presidente da Comissão de Saúde, Sirlon Ribeiro, destacou que a ata também será encaminhada à Vigilância Sanitária do Estado. A reunião foi acompanhada pelodiretor do Meio Ambiente, Alcebídes Silva Anjo e pelas vereadoras Therezinha Heller (PPS) e Jane Battistello (PDT).