15/05/2009 - Estacionamento rotativo central é tema de pauta da Comissão de segurança
Comerciantes reclamam da queda de 30% das vendas desde a instalação do rotativo em 2008
O estacionamento rotativo foi alvo de críticas durante a reunião da Comissão de Segurança na Câmara de Vereadores de Esteio, na última terça-feira, dia 12, com integrantes do Executivo, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Esteio (Acise). De acordo com presidente da Acise, João Vargas, o comércio da área central baixou 30% das vendas desde a implantação do rotativo gratuito na área central, através de decreto do Executivo em 2008. O grande problema, de acordo com Vargas, é o tempo para estacionar (máximo de duas horas) e a proibição - que prevê multa e guincho - de voltar para a área, antes utilizada, no mesmo dia. "Temos grandes shoppings centers em nossa volta. Se o cliente não tiver tempo para procurar o desejado, vai comprar nas cidades vizinhas", ressalta. Vargas também ressaltou que o custo do guincho - cerca de R$ 120,00 - é um dos mais caros da região. "Chega a ser o dobro de outras cidades. O poder público precisa ter uma visão mais empreendedora", diz.
De acordo com o vereador Sirlon Ribeiro (PMDB), a Câmara de Vereadores chegou a realizar uma audiência pública sobre o projeto do estacionamento rotativo, em 2008, mas recebeu atenção do Executivo, que acabou retirando o projeto e criou o rotativo por decreto. "Nossas sugestões foram ignoradas", salientou. Já vereador Ari da Center (PSB), acredita que o decreto pode ser revogado.
Segundo o presidente da Comissão de Segurança, vereador Luiz Duarte (PTB), é preciso buscar alternativas para rotativo. "Vamos encaminhar ao Detran um ofício solicitando quais critérios são utilizados para fixar o preço do serviço de guinchos na cidade", bem como para onde vai a verba arrecada com arrecada", afirma. Além disso, Duarte ressalta que a mudança no rotativo deverá ter a participação dos integrantes da Acise e CDL.
Conforme o diretor de Trânsito, Arno Leonhardt, a secretaria está inteirada do problema e criou um grupo de trabalho para buscar alternativas, buscando modelos de cidades como São Leopoldo, Porto Alegre, Gramado e Novo Hamburgo. "São Leopoldo é concessão e a cada meia hora, paga-se R$ 0,50. Vamos apresentar alternativas para o prefeito no final deste mês e depois ao Legislativo e entidades", comenta.